30 de março de 2010

Uso regular de analgésico prejudica audição masculina


Domingo, 7 de março de 2010, 14h21

A audição é ameaçada constantemente pelo barulho corriqueiro do trânsito, das festas e até mesmo do pequeno MP3 player. Mas se engana quem pensa que apenas os sons são vilões. De acordo com uma pesquisa americana, até mesmo o uso regular de analgésico, principalmente em homens com menos de 60 anos, traz prejuízos.

Cientistas da Universidade de Harvard, do Hospital Brigham e Women, da Universidade Vanderbilt e da Enfermaria de Olhos e Ouvidos de Massachusetts, contaram com dados de 26 mil voluntários do sexo masculino, que participaram do estudo Health Professionals Follow-up, que os acompanhou a cada dois anos por 18 anos. Os participantes responderam a um questionário para determinar o uso de analgésico, perda auditiva e uma variedade de fatores fisiológicos, médicos e demográficos.


Segundo o site Science Daily, os usuários regulares de aspirina com até 59 anos apresentaram 33% mais chance de ter problemas auditivos em relação aos que a ingeriam esporadicamente. Não houve essa associação com quem estava com 60 ou mais.


No caso do paracetamol, o uso constante por pessoas de idade inferior a 50 determinou 99% mais propensão à perda auditiva; entre 50 e 59 anos, 38%; e com mais de 60, 16%. Homens que tomam com frequência anti-inflamatórios não-esteroides e têm menos de 50 mostram risco 61% maior; entre 50 e 59, 32%; mais de 60, 16%.


Os resultados foram divulgados na edição de março da publicação The American Journal of Medicine. "O uso regular de analgésicos, especificamente a aspirina, anti-inflamatórios não-esteroides e paracetamol, pode aumentar o risco de perda de audição em adultos, especialmente em pessoas mais jovens. Dada a alta prevalência de uso de analgésico regular e implicações sociais e de saúde causadas pelo prejuízo da audição, isso representa um importante problema de saúde pública", escreveram os autores.

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