30 de março de 2010

Equipamento para avaliação auditiva desenvolvido na Engenharia Elétrica dispensa resposta do paciente



terça-feira, 16 de março de 2010, às 7h48
Um equipamento capaz de detectar automaticamente a capacidade auditiva sem a necessidade de o especialista contar com resposta direta do paciente deverá estar disponível no mercado a partir de 2011. Denominada AudioStim, a tecnologia criada em laboratórios do Departamento de Engenharia Elétrica da UFMG consiste em um software que analisa a reação cerebral, captada por eletrodos, a estímulos sonoros em amplitude modulada. De acordo com os seus desenvolvedores, o aparelho deverá custar 40% menos que outros similares – hoje produzidos apenas por grandes empresas estrangeiras sediadas nos Estados Unidos e na Europa.
A técnica destaca-se nos casos em que a audiometria tonal convencional não se mostra efetiva. Um exemplo são crianças muito pequenas e idosos com algum tipo de doença incapacitante. Outro diferencial é a portabilidade, já que o equipamento dispensa a cabine à prova de som usada nos exames audiométricos comuns. Com o seu aperfeiçoamento, esse tipo de exame poderá ser feito em recém-nascidos, somando-se às já utilizadas emissões otoacústicas na Triagem Auditiva Neonatal, aumentando assim as chances de detectar prematuramente problemas auditivos.
Objetivo
O teste de audiometria tonal convencional é considerado subjetivo por depender da participação do paciente em responder às perguntas realizadas pelo fonoaudiólogo ou outro médico. O paciente deve responder se está ou não escutando os sons emitidos em diferentes frequências e intensidades. O objetivo é identificar os chamados limiares de sensação auditiva. Ele ainda é o principal método para o diagnóstico de perdas auditivas.
"Muitas vezes, no entanto, o paciente se engana nas respostas, o que compromete o resultado do teste", observa o professor Carlos Tierra-Criollo, que coordena a pesquisa na UFMG.
A meta de comercializar o AudioStim no próximo ano deverá ser concretizada pela empresa Axoon Medical, gestada pela incubadora Inova-UFMG, e em parceria com grupo belo-horizontino especializado em projetos e produtos hospitalares, informa reportagem realizada pelo Sebrae sobre o projeto e publicada no recém-lançado livro Programa de Incentivo à Inovação na UFMG.
(Com Sebrae)

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