30 de março de 2010

Ouvido de crianças pequenas é sensível demais para grandes eventos



Artigo enviado pela amiga Dani Nagy.

Joyce Cohen
The New York Times

Para fãs de futebol americano, a imagem inapagável do Super Bowl do mês passado pode ter sido o passe de touchdown do zagueiro Drew Brees, que colocou o time New Orleans Saints à frente. Porém, para audiólogos, o destaque veio depois do jogo – quando Brees, sob uma chuva de confete, segurou no alto seu filho de 1 ano de idade, Baylen.
O menino usava algo que parecia com os fones de ouvido usados pelos técnicos de seu pai, mas na verdade eram protetores de ouvido de baixo custo e pouca tecnologia para preservar seu ouvido do barulho do estádio.
Especialistas afirmam que esse tipo de proteção é essencial para ouvidos jovens num mundo ensurdecedor. A perda da audição a partir da exposição a barulhos altos é cumulativa e irreversível; se essa exposição começa na infância, as crianças podem “viver metade de suas vidas com perda de audição”, afirmou Brian Fligor, diretor de audiologia diagnóstica do Hospital Infantil de Boston.
“Esta mensagem precisa ser transmitida aos pais repetidamente”, disse Fligor. “Se uma criança só vai a um único evento esportivo barulhento, não é nenhum problema. Mas para aquelas crianças que vão a jogos de futebol a vida toda, como os filhos do zagueiro Drew Brees, já é um problema. Um ouvido jovem e delicado pode não conseguir suportar os danos”.
De acordo com o Instituto Nacional de Segurança Ocupacional e Saúde, mais de 15 minutos de exposição a 100 decibéis não é seguro. O barulho num estádio de futebol pode chegar a 100-130 decibéis.
Um barulho que é potencialmente perigoso para um adulto ainda é mais prejudicial para uma criança, disse Levi A. Reiter, chefe do programa de audiologia da Universidade Hofstra, que também tem uma clínica particular de audiologia n o Brooklyn.
Pelo fato de que o canal auditivo de uma criança pequena é muito menor do que o de uma criança ou de um adulto, disse Reiter, a pressão do som que entra no ouvido é maior. Uma criança pequena pode perceber um som como 20 decibéis mais alto do que uma criança maiorizinha ou um adulto. O comprimento mais curto do canal auditivo aumenta os níveis de barulho perigoso nas frequências mais altas, que são cruciais para o desenvolvimento da linguagem.
A ciência do problema é esporádica, dizem audiólogos. Mesmo se pessoas que frequentam shows saibam dos danos provocados por música alta, poucas crianças usam aparelho de proteção do ouvido em eventos esportivos, desfiles ou show de fogos, ou quando estão perto de motocicletas e snowmobiles de altos decibéis.
Trata-se de uma mensagem difícil de ser transmitida. A perda de audição, que se acumula lentamente ao longo da vida, nem é dolorosa nem desfigurativa, por isso pode passar despercebida. Stephen Glasser, audiólogo de Great Neck, NY, afirma que o estigma associado a aparelhos auditivos – muitas vezes considerados um sinal da idade ou de fraqueza – parece afetar a proteção da audição.
Embora os adultos possam escapar de um barulho desconfortavelmente alto, “quando você é pequeno, no braço dos pais ou num carrinho de bebê, não consegue sair”, disse Nancy Nadler, diretora executiva assistente do Centro para a Audição e Comunicação, antiga Liga para a Dificuldade de Audição. Eles também não podem articular se estão sentindo os efeitos secundários de uma exposição a sons altos, que incluem sensação de abafado ou sons apitando no ouvido, conhecido como zumbido.
Mas proteger a audição de crianças muito pequenas não é fácil. Plugs de ouvido são grandes demais para canais auditivos pequeninos e fáceis demais de serem colocados na boca, representando risco de asfixia. Eles também são difíceis de inserir no ouvido – às vezes, nem mesmo adultos inserem seus próprios plugs de ouvido corretamente.
Veja o caso dos dispositivos como os protetores de ouvido usados por pelo menino Baylen Bress. Vendidos por várias empresas (os de Baylen eram da Peltor), eles incluem protetores de orelha leves e preenchidos com espuma, pesando menos de 220g e custam geralmente entre 20 e 30 dólares.
A maioria desses dispositivos não foi projetada para crianças pequenas, mas a Baby Banz vende protetores de ouvido para bebês a partir de 6 meses. Embora sejam ajustáveis, eles ainda podem ficar folgados demais bebês menores, disse Shari Murphy, gerente de operações para a América do Norte, acrescentando que as vendas de protetores de ouvido cresceram 40% após o Super Bowl.
Mais da metade dos clientes têm necessidades especiais, como autismo ou distúrbios sensoriais, disse Murphy. Para crianças maiores, os compradores geralmente são os avós, que às vezes dizem que os netos cobrem os ouvidos em shows pirotécnicos ou aéreos, ou que eles próprios sofrem de perda de audição.
O uso de proteção para o ouvido “pode tornar a experiência agradável, em vez de fazer o bebê chorar e você ficar sem saber o porquê”, disse Nadler, do Centro de Audição e Comunicação.
Muitas vezes, ela acrescentou, limitar a exposição de uma criança ao barulho é uma questão de bom senso. Pode ser melhor deixar o bebê em casa com uma babá.
“Precisamos encarar o barulho como algo perigoso”, disse Nadler, “como ferramentas afiadas ou um forno quente”.
© 2010 New York Times News Service

ATM Articulação Temporo Mandibular


O que é ATM?

D-ATM, ou disfunção da articulação temporomandibular, é uma alteração da articulação que liga o maxilar à mandíbula que pode, por exemplo, não estar funcionando adequadamente. Essa articulação é uma das mais complexas do corpo humano, responsável por mover a mandíbula para frente, para trás e para os lados. Qualquer problema que impeça a função ou o adequado funcionamento deste complexo sistema de músculos, de ligamentos, de discos e de ossos é chamado de D-ATM. Geralmente, a D-ATM dá a sensação ao indivíduo acometido de que sua mandíbula está saltando para fora, fazendo um estalo e até travando por um instante. A causa exata desta disfunção, em geral, é impossível de ser identificada.

Quais os sintomas da D-ATM?

Disfunções de ATM apresentam muitos sinais e sintomas. É difícil saber com certeza se você tem D-ATM, porque um destes sintomas ou todos eles podem também estar presentes em outros problemas. Seu dentista poderá ajudá-lo a fazer um diagnósticopreciso, através de uma história médica e dentária completa, um exame clínico e de radiografias adequadas.

Alguns dos sintomas mais comuns de D-ATM são:

Dores de cabeça (freqüentemente parecidas com enxaquecas), dores de ouvido, dor e pressão atrás dos olhos;
Um "clique" ou sensação de desencaixe ao abrir ou fechar a boca;
Dor ao bocejar, ao abrir muito a boca ou ao mastigar;
Mandíbulas que "ficam presas", travam ou saem do lugar;
Flacidez dos músculos da mandíbula;
Uma brusca mudança no modo em que os dentes superiores e inferiores se encaixam.
Como tratar a D-ATM?
Embora não exista uma cura para a D-ATM, existem diversos tratamentos que você pode seguir para diminuir consideravelmente os sintomas. Seu dentista pode recomendar um ou mais dos seguintes tratamentos:

> Tentar eliminar a dor e o espasmo muscular através da aplicação de calor úmido ou através de medicamentos como relaxante muscular, aspirina ou outros analgésicos comuns, ou ainda antiinflamatórios;

> Reduzir os efeitos prejudiciais de travamento ou rangido, por meio de um aparelho, algumas vezes chamado de placa de mordida ou "splint". Este aparelho, feito sob medida para sua boca, se encaixa nos dentes superiores e ao deslizar sobre os dentes inferiores impede estes dentes inferiores de ranger contra os dentes superiores;

> Aprender técnicas de relaxamento para ajudar a controlar a tensão muscular na mandíbula. Seu dentista pode sugerir que você procure condicionamento e aconselhamento para ajudar a evitar o estresse;

> Quando partes da mandíbula são afetadas e os tratamentos não surtiram efeito, uma cirurgia na articulação pode ser recomendada

Som alto em fones pode levar jovens à surdez


Ouvir música alta em fones de ouvido tem cada vez mais causado problemas auditivos em jovens. O coordenador do setor de Otorrinolaringologia do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (Fundão), Shiro Tomita, revelou que, nos últimos dois anos, aumentou em 10% o número de adolescentes atendidos na unidade, que recebe, por mês, cerca de mil pacientes.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, de 30 milhões de casos de problemas auditivos no Brasil, pelo menos 5% foram causados pelo mau uso de aparelhos eletrônicos como Mp3 e Ipods. "Ouvir som muito alto pode causar tontura, zumbido, sensação de ouvido tapado. Dependendo do volume e do tempo em que vem sendo utilizado o aparelho, se for muito prolongado, pode ocasionar lesões irreversíveis, como perda de audição", alerta o profissional.

O médico ressalta que, para evitar problemas, MP3 e IPods devem ser usados somente por uma hora ao dia e o volume não pode ultrapassar 60 decibéis (metade da capacidade total dos aparelhos atuais). Tomita também aconselha fazer exames anuais para controle da audição.

Ele lembra que é importante ter cuidado com a progressão da surdez em jovens. Segundo o médico, normalmente eles não percebem as alterações. "Isso acontece com crianças também. Os pais acham que elas são distraídas, que não entendem o que eles falam. Isso pode ser causado por problemas auditivos", explica.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Otologia, cerca de 35% das perdas de audição são creditadas à exposição a sons intensos, em ambientes profissional ou em lazer.

Ao menor sinal de alteração na audição, vá ao médico.
Segundo a Sociedade Brasileira de Otologia, ao menor sinal de alteração na audição, como zumbido, dor de cabeça, coceira e irritabilidade, o ideal é procurar logo um especialista.

Tomita afirma que a perda de audição inicialmente não é significativa. No entanto, o problema piora com o passar dos anos.

"Antes, a perda de audição costumava aparecer por volta dos 45 anos de idade, mas cada vez mais estamos atendendo jovens relatando o problema. Por isso eu sempre digo que o melhor tratamento é realmente a prevenção", alerta o especialista.

Equipamento para avaliação auditiva desenvolvido na Engenharia Elétrica dispensa resposta do paciente



terça-feira, 16 de março de 2010, às 7h48
Um equipamento capaz de detectar automaticamente a capacidade auditiva sem a necessidade de o especialista contar com resposta direta do paciente deverá estar disponível no mercado a partir de 2011. Denominada AudioStim, a tecnologia criada em laboratórios do Departamento de Engenharia Elétrica da UFMG consiste em um software que analisa a reação cerebral, captada por eletrodos, a estímulos sonoros em amplitude modulada. De acordo com os seus desenvolvedores, o aparelho deverá custar 40% menos que outros similares – hoje produzidos apenas por grandes empresas estrangeiras sediadas nos Estados Unidos e na Europa.
A técnica destaca-se nos casos em que a audiometria tonal convencional não se mostra efetiva. Um exemplo são crianças muito pequenas e idosos com algum tipo de doença incapacitante. Outro diferencial é a portabilidade, já que o equipamento dispensa a cabine à prova de som usada nos exames audiométricos comuns. Com o seu aperfeiçoamento, esse tipo de exame poderá ser feito em recém-nascidos, somando-se às já utilizadas emissões otoacústicas na Triagem Auditiva Neonatal, aumentando assim as chances de detectar prematuramente problemas auditivos.
Objetivo
O teste de audiometria tonal convencional é considerado subjetivo por depender da participação do paciente em responder às perguntas realizadas pelo fonoaudiólogo ou outro médico. O paciente deve responder se está ou não escutando os sons emitidos em diferentes frequências e intensidades. O objetivo é identificar os chamados limiares de sensação auditiva. Ele ainda é o principal método para o diagnóstico de perdas auditivas.
"Muitas vezes, no entanto, o paciente se engana nas respostas, o que compromete o resultado do teste", observa o professor Carlos Tierra-Criollo, que coordena a pesquisa na UFMG.
A meta de comercializar o AudioStim no próximo ano deverá ser concretizada pela empresa Axoon Medical, gestada pela incubadora Inova-UFMG, e em parceria com grupo belo-horizontino especializado em projetos e produtos hospitalares, informa reportagem realizada pelo Sebrae sobre o projeto e publicada no recém-lançado livro Programa de Incentivo à Inovação na UFMG.
(Com Sebrae)

Implante faz bebê ouvir pela 1ª vez aos 8 meses


Uma semana depois de completar 8 meses de vida, o bebê Diego Martins da Silva ouviu pela primeira vez. Ele nasceu com deficiência auditiva bilateral, mas terá a chance de aprender a falar como qualquer criança graças a uma cirurgia para implantação de ouvidos biônicos. O chamado implante coclear foi ativado em Diego no último dia 12 - foi colocado há cerca de um mês.
Os primeiros sons que ele escutou foram abafados para não assustá-lo, e seu cérebro ainda não sabe reconhecê-los. Mas, com o tempo e muita terapia fonoaudiológica, Diego conseguirá ouvir normalmente.
"Quanto mais cedo se faz o implante, mais cedo a área do cérebro responsável pela memória auditiva é estimulada e melhores são os resultados. Nessa idade, um mês faz muita diferença", explica o médico Arthur Castilho, responsável pela operação.
Diego foi uma das crianças mais novas do País a serem submetidas à cirurgia nos dois ouvidos. Como nasceu em um hospital particular e o convênio médico cobriu o parto, o bebê passou pela triagem auditiva neonatal - ou teste da orelhinha. O exame ainda não está acessível à maioria das crianças que nascem no Sistema Único de Saúde (SUS).
Mas, mesmo com o diagnóstico precoce, seus pais ainda tiveram de enfrentar uma batalha judicial contra o plano de saúde. A operação foi feita sob liminar e, se demorasse mais alguns meses, a família talvez não obtivesse a decisão favorável. Isso porque a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) deve publicar em junho novas diretrizes que limitam a cobertura dos convênios à colocação de apenas uma prótese para crianças a partir de 6 meses de idade.
A regulamentação até agora não especificava nem a idade nem se a cobertura incluía uma ou duas próteses. A maioria dos casos acabava sendo resolvida na Justiça. "Fizemos essa diretriz para racionalizar o uso. Com o mesmo recurso você favorece duas crianças e com uma prótese ela já consegue desenvolver a linguagem. O ganho que se tem com o implante bilateral não compensa o custo. Esse critério é o mesmo adotado no SUS", diz Jorge Carvalho, gerente da ANS.
Castilho, que coordena um dos dez centros de referência em saúde auditiva do SUS existentes no País - o da Unicamp -, discorda. "A portaria do SUS que regulamenta o implante coclear tem mais de dez anos. Na época, ainda não havia estudos mostrando os benefícios da cirurgia bilateral. Estima-se um ganho de 22% na percepção auditiva quando comparado ao implante unilateral", diz.
Cada prótese custa, em média, R$ 64 mil. Uma cirurgia bilateral, contando internação e honorários médicos, fica em torno de R$ 160 mil. "Só o fato de ter na rede pública já é uma vantagem, pois em muitos países não há cobertura", reconhece Castilho.
"Até agora, quem não se enquadrava nos critérios do SUS tinha a oportunidade de fazer a cirurgia pelo convênio. Mas, agora, eles estão copiando os critérios do SUS, deixando muitas pessoas desamparadas", diz Cristiane Vieira, coordenadora da Associação dos Deficientes Auditivos, Pais, Amigos e Usuários de Implante Coclear (Adap).
Teste da Orelhinha. Deficiências congênitas, como a de Diego, geralmente são causadas por fatores genéticos ou infecções que a mãe enfrenta na gravidez.
A partir de maio, o exame que detecta o problema estará disponível a todas as crianças nascidas na rede pública da capital. Hoje, o serviço só atende bebês de maternidades de alto risco, embora uma lei de 2007 o tenha tornado obrigatório em todos os hospitais do Estado. "Não basta oferecer o exame, é preciso ter uma rede para atender os pacientes diagnosticados. São Paulo conseguiu agora estruturar essa rede", diz Maria Aparecida Orsin, do Programa Rede de Proteção à Mãe Paulistana.

Uso regular de analgésico prejudica audição masculina


Domingo, 7 de março de 2010, 14h21

A audição é ameaçada constantemente pelo barulho corriqueiro do trânsito, das festas e até mesmo do pequeno MP3 player. Mas se engana quem pensa que apenas os sons são vilões. De acordo com uma pesquisa americana, até mesmo o uso regular de analgésico, principalmente em homens com menos de 60 anos, traz prejuízos.

Cientistas da Universidade de Harvard, do Hospital Brigham e Women, da Universidade Vanderbilt e da Enfermaria de Olhos e Ouvidos de Massachusetts, contaram com dados de 26 mil voluntários do sexo masculino, que participaram do estudo Health Professionals Follow-up, que os acompanhou a cada dois anos por 18 anos. Os participantes responderam a um questionário para determinar o uso de analgésico, perda auditiva e uma variedade de fatores fisiológicos, médicos e demográficos.


Segundo o site Science Daily, os usuários regulares de aspirina com até 59 anos apresentaram 33% mais chance de ter problemas auditivos em relação aos que a ingeriam esporadicamente. Não houve essa associação com quem estava com 60 ou mais.


No caso do paracetamol, o uso constante por pessoas de idade inferior a 50 determinou 99% mais propensão à perda auditiva; entre 50 e 59 anos, 38%; e com mais de 60, 16%. Homens que tomam com frequência anti-inflamatórios não-esteroides e têm menos de 50 mostram risco 61% maior; entre 50 e 59, 32%; mais de 60, 16%.


Os resultados foram divulgados na edição de março da publicação The American Journal of Medicine. "O uso regular de analgésicos, especificamente a aspirina, anti-inflamatórios não-esteroides e paracetamol, pode aumentar o risco de perda de audição em adultos, especialmente em pessoas mais jovens. Dada a alta prevalência de uso de analgésico regular e implicações sociais e de saúde causadas pelo prejuízo da audição, isso representa um importante problema de saúde pública", escreveram os autores.

"Gagueira: conversa com os professores"


O Instituto Brasileiro de Fluência - IBF disponibiliza o livreto "Gagueira:
conversa com os professores" . O objetivo da obra é esclarecer as dúvidas
mais frequentes e fornecer diversas orientações para professores de alunos
com gagueira.

Este trabalho foi organizado pela fonoaudióloga Eliana Maria Nigro Rocha;
conta com o apoio do Instituto Brasileiro de Fluência (IBF) e do Conselho
Federal de Fonoaudiologia (CFFa).

Os interessados poderão fazer o download do material no seguinte endereço:
http://gagueira. org.br/livreto_ para_professores .shtml

Você sabia que a perda auditiva pode ser potencializada por produtos químicos?


A cada ano aumenta a necessidade das empresas de se modernizarem para aumentar a produção e conseqüentemente elevar o seu faturamento. Por outro lado, raríssimas empresas se preocupam com o bem estar dos seus empregados, objetivando, como a grande maioria, a eficiência na produção e o aumento de suas linhas de produção. Tais empresas não se importam com as conseqüências da atividade laboral nos seus trabalhadores. Desta forma, o trabalhador fica vulnerável às condições de trabalho oferecidas.
O ruído é um dos fatores, entre muitos nas empresas, que trazem conseqüências muito desfavoráveis para a saúde do trabalhador. A legislação que protege o trabalhador tem sido aplicada nos últimos anos com mais rigor pelos órgãos competentes - as Delegacias Regionais do Trabalho, vinculadas ao Ministério do Trabalho e o Ministério Público do Trabalho. Esses órgãos têm acompanhado de perto as empresas de uma forma geral, obrigando-as a contratar profissionais de diversas áreas para atender à legislação.
Além do ruído outros agentes podem trazer danos à saúde auditiva, fazendo parte dessa categoria os produtos químicos, como solventes, gases e metais pesados, que na maioria das vezes irá agir causando danos ao sistema auditivo do trabalhador exposto.
As empresas de maneira geral oferecem equipamentos de proteção e boa parte delas fazem estudos geralmente com o profissional químico, normalmente engenheiro, e a partir daí montam estratégias para minimizar os impactos causados, melhorando as condições de proteção individual (ex. máscaras específicas) e/ou coletiva.
Perda auditiva induzida pelo ruído (PAIR) é a perda da acuidade auditiva pela exposição diária a elevados níveis de ruído.
Os efeitos do ruído sobre a audição podem variar desde uma alteração passageira a uma alteração irreversível. Essas alterações são divididas em 3 categorias: Mudança temporária de limiar (MTL), trauma acústico e mudança permanente do limiar ( MPL).
A Mudança temporária do Limiar ocorre após a exposição por um curto período de tempo a um ruído de forte intensidade, varia em poucos decibéis (dB). Após repouso, tende a regredir espontaneamente em minutos ou semanas.
A exposição a ruído de forte intensidade por um curto período pode causar lesões discretas nas células ciliadas, alterações vasculares, modificações químicas intracelulares, exaustão metabólica e edema das terminações nervosas auditivas. Na maioria dos casos essas perdas são reversíveis, havendo recuperação do limiar mesmo com células lesadas.
O Trauma Acústico é uma perda auditiva com instalação súbita, provocado por um ruído de alta intensidade, como no caso de uma explosão. Atinge as freqüências agudas e as freqüências baixas. Podemos observar mudanças auditivas no período de 6 meses a um ano, até que se estabilize, evoluindo de forma regressiva ou progressiva.
A exposição ao ruído de alta intensidade pode causar ruptura da membrana timpânica, distensão dos delicados tecidos da orelha interna, com rompimento e laceração desses. Pode provocar lesão das células ciliadas externas e nas células de suporte, hemorragia e perda auditiva imediata e geralmente permanente.
A Mudança Permanente do Limiar é causada pela exposição contínua, diária e por um longo período a elevados níveis de pressão sonora. Seu desenvolvimento é lento e gradual. Caracterizando-se por uma lesão irreversível.
Quanto mais constante e intensa a exposição ao ruído, a alteração se torna irreversível, com instalação da mudança permanente no limiar.
Atualmente são conhecidas mais de 750.000 substâncias químicas, dentre estas, cerca de 85.000 são utilizados rotineiramente e seus riscos e efeitos para o homem e o ambiente são parcialmente desconhecidos.
A sociedade moderna se tornou dependente de produtos químicos para a produção de alimentos, medicamentos, automóveis, etc. Essas substâncias contribuem também, para a geração de empregos, trazendo um impacto sócio-econômico. Entretanto, podem causar também danos graves à saúde, provocando sofrimentos ou morte.
O enfoque dado à perda auditiva nos trabalhadores sempre foi atribuído ao ruído, a literatura apresenta inúmeros trabalhos sobre os problemas causados pela exposição ao ruído, entretanto, não encontramos o mesmo em relação à interação entre o ruído e o produto químico.
Dentre os produtos químicos podemos citar como solventes: dissulfeto de carbono, tricloroetileno, tolueno e estireno, entre os gases: monóxido de carbono; metais pesados: mercúrio, estanho, chumbo e manganês.
O ruído, quando em intensidade de até 85 dB, não é suficiente para causar lesão coclear, entretanto, este mesmo ruído, quando associado ao produto químico, potencializa a perda auditiva, podendo esta perda auditiva ser neurossensorial e irreversível, impactando na vida profissional e social do trabalhador afetado.

22 de março de 2010

Você tem medo de falar em público? Faça nosso curso de oratória!



Dia 06/04/2010 na cidade de Itabirito MG, será realizado o curso de oratória com o professor Chico de Almeida.
Professor Chico de Almeida possui mais de 22 anos de experiência em treinamentos empresariais, palestrante de temas ligados às estratégias profissionais e pessoais,é professor de comunicação e expressão verbal (oratória) e Máster trainer em PNL.

PROGRAMA DE TREINAMENTO
Combater a inibição, e o medo de falar;
Falar com naturalidade, técnica, eficiência, desembaraço, sem constrangimento;
Contornar situações difíceis e inesperadas;
Projetar uma imagem mais confiante e segura;
Conversar com desenvoltura em todos os ambientes;
Planejar apresentações encantadoras;
Evitar o "branco" em situações embaraçosas;
Eliminar os vícios de linguagem;
Desenvolver a postura e a gesticulação com harmonia e naturalidade;
Aumentar sua rede de networking
Responder perguntas embaraçosas com segurança;
Falar corretamente em pé ou sentado;
Dar entrevistas em rádios e diante das câmeras;
Usar o senso de humor, emoção e a presença de espírito para dar brilho às apresentações;
Como preparar excelentes palestras e entrevistas;
Como usar o microfone de maneira correta;
Melhorar a voz e a dicção, falar de forma agradável;
Cuidado com a voz, respiração, saúde bucal.

INFRAESTRUTURA:
Aulas com: Fonoaudióloga, Psicanalista, Jornalista.
Treinamento com apoio Audiovisual
Todo o treinamento será ministrado no auditório da ACEI
Todos os instrutores tem formação universitária
Ambiente agradável, para garantir seu conforto e aprendizado
Certificação pela EQUILIBR'ART CONSULTORIA E EVENTOS LTDA.

INVESTIMENTO:
R$ 300,00 por pessoa - Associados ACEI e grupos de 3 pessoas R$ 200,00- Parcelamos em até 3 vezes.
Início: 06/04/2010
Horário: 19:30 às 22:00
Duração: 8 aulas (2 por semana)
Contato: email: almeida.equilibrio@terra.com.br site: www.equilibrart.com.br

Minas Gerais é exemplo de Triagem Auditiva Neonatal

Minas Gerais foi o primeiro estado do Brasil a oferecer, na rede pública de saúde, o exame de saúde auditiva para recém-nascidos, o "Teste da Orelhinha".
A triagem auditiva neonatal é obrigatória por lei municipal nº 3028, de 17 de maio de 2000.
É um programa de avaliação da audição em recém nascidos, para diagnóstico precoce de perda auditiva, uma vez que sua incidência, na população geral, é de 1 a 2 por 1000 nascidos vivos.
O Exame é indolor, com a colocação de um pequeno fone na parte externa do ouvido, com a duração por um tempo médio de 3 a 5 minutos.
Em casos de respostas insatisfatórias na TAN, um outro exame precisa ser feito no prazo de 15 dias.
Na capital o exame e a reavaliação dos bebês que não apresentaram respostas satisfatórias no exame é realizado no Hospital Odilon Behrens.
Quando há recomendações de uso de aparelhos de amplificação sonora individual, os casos são submetidos a uma junta reguladora de saúde auditiva da Secretaria Municipal de Sa;ude de BH.

Os serviços de referência credenciados em Belo Horizonte são: Maternidade Odete Valadares/ FHEMIG, Hospital Municipal Odilon Behrens, Santa Casa de Misericórdia, Hospital das Clínica/ UFMG, Hospital Júlia Kubitschek/ FHEMIG e Hospital Sofia Feldman.

17 de março de 2010

UFMG cria aparelho para avaliação auditiva


Publicado em Tecnologia
16 de março de 2010
Um equipamento capaz de detectar automaticamente a capacidade auditiva sem a necessidade de o especialista contar com resposta direta do paciente deverá estar disponível no mercado a partir de 2011. Denominada AudioStim, a tecnologia criada em laboratórios do Departamento de Engenharia Elétrica da UFMG consiste em um software que analisa a reação cerebral, captada por eletrodos, a estímulos sonoros em amplitude modulada. De acordo com os seus desenvolvedores, o aparelho deverá custar 40% menos que outros similares – hoje produzidos apenas por grandes empresas estrangeiras sediadas nos Estados Unidos e na Europa.
A técnica destaca-se nos casos em que a audiometria tonal convencional não se mostra efetiva. Um exemplo são crianças muito pequenas e idosos com algum tipo de doença incapacitante. Outro diferencial é a portabilidade, já que o equipamento dispensa a cabine à prova de som usada nos exames audiométricos comuns. Com o seu aperfeiçoamento, esse tipo de exame poderá ser feito em recém-nascidos, somando-se às já utilizadas emissões otoacústicas na Triagem Auditiva Neonatal, aumentando assim as chances de detectar prematuramente problemas auditivos.
Objetivo
O teste de audiometria tonal convencional é considerado subjetivo por depender da participação do paciente em responder às perguntas realizadas pelo fonoaudiólogo ou outro médico. O paciente deve responder se está ou não escutando os sons emitidos em diferentes frequências e intensidades. O objetivo é identificar os chamados limiares de sensação auditiva. Ele ainda é o principal método para o diagnóstico de perdas auditivas.
“Muitas vezes, no entanto, o paciente se engana nas respostas, o que compromete o resultado do teste”, observa o professor Carlos Tierra-Criollo, que coordena a pesquisa na UFMG.
A meta de comercializar o AudioStim no próximo ano deverá ser concretizada pela empresa Axoon Medical, gestada pela incubadora Inova-UFMG, e em parceria com grupo belo-horizontino especializado em projetos e produtos hospitalares, informa reportagem realizada pelo Sebrae sobre o projeto e publicada no recém-lançado livro Programa de Incentivo à Inovação na UFMG.
(Com Cedecom/UFMG)
Assessoria de Comunicação Social da Faculdade de Medicina da UFMG
jornalismo@medicina.ufmg.br - (31) 3409 9651 (31) 3409 9651

14 de março de 2010

Fonoaudiologia


O fonoaudiólogo é um profissional da área da saúde responsável pela reabilitação dos distúrbios da comunicação (problemas na voz, na fluência, na articulação da fala, na linguagem oral e escrita, nos aspectos envolvidos na função auditiva, no sistema miofuncional orofacial e na deglutição).
Ele pode atuar sozinho ou em conjunto com outros profissionais da saúde e da educação.
As quatro principais áreas de atuação são: voz, audição, linguagem e motricidade oral.

Áreas de Atuação


Unidades básicas de saúde
Ambulatórios de especialidades
Hospitais e maternidades
Consultórios
Clínicas
Home Care
Domicílios
Asilos e casas de saúde
Creches e berçários
Escolas regulares e especiais
Instituições de ensino superior
Empresas
Meios de comunicação
Associações
ONGs

Fonaudiologia Hospitalar


O fonoaudiólogo no âmbito hospitalar integra a equipe de saúde trabalhando de forma multi ou interdiciplinar, com objetivos de prevenção, diagnóstico funcional e reabilitação propriamente dita. Objetiva assim, a redução e prevenção de complicações como a pneumonia, o restabelecimento da alimentação por via oral e da comunicação melhorando a qualidade de vida do paciente.

Fonoaudiologia Educacional


"A Fonoaudiologia Eeducacional visa a promoção da saúde e prevenção de alterações relacionadas a linguagem oral e escrita, voz, audição e funções estomatognáticas. A detecção e a intervenção precoce dessas alterações possibilitam o desenvolvimento de potencialidades, por meio de ações desenvolvidas com professores, coordenadores, funcionários, pais e alunos, enriquecendo a prática pedagógica e otimizando o processo educativo."

Motricidade Orofacial


A área da Motricidade Orofacial estuda como a associação de movimentos de estruturas e músculos podem virar respiração, sucção, mastigação, deglutição, fala... podem virar alimentação, saúde, socialização, comunicação... numa sincronizada relação, como um bonito balet, podem virar vida!

Audiologia


"Escutar o outro: crianças, família, amigos...
Ouvir a natureza: o som das águas, dos bichos, do vento...
Escutar vozes, ouvir instrumentos e sentir a música!
Ouvir um alerta, um chamado, um grito ou um alarme...
Escutar uma oração, um conselho, uma história...
Ouvir o silêncio, escutar o corpo e sentir a vida...
Viver em equilíbrio, mantendo-se em movimento: andando, sentindo, tocando..."

Voz


"Voz é emissão contínua da nossa sonoridade em direção aos nossos semelhantes. Do mesmo modo que nossa voz toca a alma do outro, abre nossa essência... Nos desvenda inteiros diante de nossos sentimentos e nos revela em identidade completa! Por outro lado, nos encanta, vira música aos ouvidos e permite até apaixonar mesmo sem conhecer o outro... somente ao ouvir o som da voz. É também instrumento de trabalho de muitas categorias profissionais, e se podemos refletir... É laço de afeto numa complexidade que se traduz em satisfação! Voz, sonoridade que quebra o silêncio e manifesta nossa presença!"